Cultivando a excelência pessoal

Por Paulo R. Käfer

Cara Leitora. Caro Leitor.

Apesar de alguns percalços na jornada, alguns obstáculos aqui e ali, viver é uma experiência e tanto. Uma dádiva.

E existem muitos motivos para comemorarmos o fato de estarmos circulando por aí: aprendizado diário, evolução, maior uso do próprio potencial, ampliação da sabedoria interior, desenvolvimento de habilidades, alcance da maestria em uma atividade, amar e ser amado e por aí vai…

Mas uma das razões suficientemente interessantes, a meu ver, é a busca pela excelência pessoal! Não me refiro à excelência como algo que remeta à ideia de perfeição, já que esta depende da percepção de cada um, portanto muito subjetiva. Perfeito para uns, imperfeito para outros.

Prefiro pensar em excelência mais como algo que requer uma tremenda predisposição em transcender a si mesmo e relacionado a realizar algo tão belo, sublime e fascinante que as palavras não dão conta do recado.

Excelência, que excede o esperado, que encanta, uma espécie de alquimia que transforma o trivial em algo grandioso. Quando a mente, o coração e o espírito são impulsionados pela excelência, uma obra-prima quase sempre está a caminho.

Um pouco mais de empenho e dedicação, um pouco mais de atenção aos detalhes, um pouco mais de zelo e capricho, um pouco mais de treino… E voilà: estamos mais perto da excelência.

E o bom desse treinamento chamado vida é que podemos ser melhores hoje do que ontem. Podemos ser melhores amanhã do que hoje. Podemos nos aperfeiçoar ad infinitum, se assim quisermos. Basta vontade inabalável.

E uma pessoa melhor no mundo é melhor para o mundo. Simples assim!

No decorrer dos anos, compreendi algo que talvez não seja nenhum segredo mirabolante, mas para mim faz todo o sentido: quando estamos empenhados em alcançar a excelência pessoal e inspirados a melhorar nosso desempenho como seres humanos, o sucesso no sentido convencional é consequência.

Para o filósofo Aristóteles: “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”.

Todos nós temos 24 horas em cada dia, independentemente de onde moramos, o que fazemos ou sobre o que pensamos sobre o mundo. Ninguém tem uma hora a mais. Ninguém tem uma hora a menos.

Podemos usar o tempo em distrações banais, em conversas improdutivas, em preocupações inúteis ou podemos usar esse precioso tempo para nos aperfeiçoar, ampliar nosso nível de maestria pessoal momento a momento, incorporando o hábito da excelência.

E muitas habilidades podem ser melhoradas, se nos dispusermos a praticar nas inúmeras situações do cotidiano. Alguns exemplos: refletir antes de opinar, praticar a cortesia, expressar a própria individualidade de maneira autêntica, exercitar o pleno domínio de si mesmo e assim por diante.

Isso me parece não só uma grande ideia, mas também uma excelente estratégia que nos conduz a uma existência mais próspera em todos os sentidos, plena de significado.

E quando nos focamos em melhorar dia após dia, vamos vendo nosso próprio progresso e nos alegramos com nossa própria evolução. Isso é até divertido, mas de forma nenhuma, fácil. Nem imediato. A excelência não suporta atalhos!

A transformação de si mesmo é um trabalho árduo, que exige tempo, requer esforço deliberado, foco, concentração, muita leitura, persistência, disciplina e prática diária. Muita prática. Ninguém alcança a maestria por acaso!

Nas palavras de William Arthur Ward: “o preço da excelência é a disciplina. O custo da mediocridade é a decepção”.

Assim, cultivar a excelência pessoal é muito mais um caminho do que meramente um resultado. E é justamente nesse trajeto que vamos descobrindo as nossas próprias capacidades e nos surpreendendo com o que somos capazes de realizar.

É nesse caminho que possivelmente compreenderemos mais profundamente o papel que nos cabe desempenhar e quem de fato somos para o mundo.

Bom cultivo! 🙂

Espero ter contribuído de alguma forma com essas reflexões. Agradeço sinceramente a sua visita aqui no blog, grande abraço, paz na mente e até o próximo texto.

Paulo R. Käfer

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